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Culto online: Por que igrejas estão sendo processadas e como se proteger!

Nos últimos anos, a transmissão de culto online se tornou uma prática comum em diversas igrejas, permitindo que fiéis acompanhem as celebrações de qualquer lugar do mundo. No entanto, essa prática, quando mal gerida, pode resultar em sérias consequências jurídicas. 

 

Recentemente, a Justiça de São Paulo condenou uma igreja evangélica de São Paulo a pagar uma indenização de R$ 20 mil a uma fiel por danos morais. A condenação ocorreu após a divulgação de um vídeo em que a mulher aparecia recebendo uma oração e se desequilibrando.

Ela foi à Justiça alegando que não autorizou que sua imagem fosse exposta nos canais digitais da igreja ou do líder religioso e conseguiu uma decisão favorável.

 

Assim, a situação serve como um alerta importante para as igrejas que transmitem seus cultos online, pois pode haver implicações legais graves relacionadas aos direitos de imagem e à privacidade dos fiéis.

 

o Aumento dos processos relacionados ao culto online

Com o aumento das transmissões de culto online, cresceu também o número de processos judiciais envolvendo igrejas. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor no Brasil desde 2020, assegura o direito à privacidade e à proteção de dados pessoais, incluindo imagens e vídeos. 

No caso mencionado acima, a igreja foi responsabilizada pela publicação do vídeo, mesmo que a postagem tenha sido realizada por uma pessoa física, o pastor. Isso demonstra que as igrejas podem ser responsabilizadas pelas ações de seus representantes, como pastores e líderes, quando estas envolvem a divulgação de imagens de fiéis sem autorização.

 

O culto online, apesar de ser uma ferramenta poderosa para alcançar mais pessoas, deve ser gerido com cautela para evitar situações como a mencionada. É essencial que as igrejas compreendam que, ao transmitir um culto, estão lidando com dados sensíveis, como a imagem e a prática religiosa dos fiéis, ambos protegidos por lei. 

Qualquer descuido pode resultar em processos judiciais que, além de prejuízos financeiros, podem manchar a reputação da instituição religiosa. Sendo assim é essencial tomar cuidados preventivos.

 

Como evitar processos ao transmistir culto online

Para evitar problemas judiciais relacionados à transmissão de culto online, as igrejas devem adotar medidas preventivas. O advogado Antonio Carlos, especialista em Direito Religioso, falou sobre isso em seu Instagram (assista aqui) e falou sobre algumas alternativas que podem ser implementadas para garantir a conformidade com a lei e proteger a igreja de possíveis ações legais.

Nós, do Eklesia, também estamos atentos a estas questões e queremos ajudar a sua igreja a fazer a transmissão de culto online sem correr riscos. Por isso, trazemos algumas alternativas para manter a transmissão das reuniões nas redes sociais, mas tomando cuidado para preservar a identidade dos fiéis.

 

1. Obtenha autorização por escrito

Uma das principais recomendações é que a igreja obtenha, por escrito, a autorização dos fiéis para o uso de sua imagem durante a transmissão do culto online. Isso é fundamental para garantir que todos os participantes estão cientes e de acordo com a possível exposição de suas imagens em redes sociais ou outras plataformas de transmissão.

A autorização deve ser clara, especificando o uso que será feito das imagens e em quais plataformas elas serão divulgadas. Este cuidado é uma proteção legal que pode evitar processos e garantir a tranquilidade tanto para a igreja quanto para os fiéis.

 

2. anúncio na entrada da igreja

Outra medida prática é a instalação de um anúncio na entrada da igreja, informando aos visitantes e membros que o culto está sendo filmado. Esse aviso serve como uma notificação prévia para que todos saibam que, ao entrar no local, podem ser filmados durante a reunião.

Esta prática, além de ser uma medida de transparência, também pode funcionar como uma forma de obtenção de consentimento implícito, pois aqueles que não desejam aparecer na transmissão podem optar por não entrar ou por se sentar em áreas onde as câmeras não alcancem.

 

3. Áreas sem filmagem

Criar áreas na igreja onde as câmeras não alcancem é outra medida importante. Essas áreas podem ser destinadas a pessoas que não querem ser filmadas, proporcionando uma opção segura para os fiéis que desejam participar do culto sem serem expostos na transmissão.

Esta solução é simples de implementar e pode evitar desconfortos e eventuais processos, uma vez que respeita o direito à privacidade dos frequentadores. Nesses espaços, não haverá a filmagem do culto, nem a equipe de mídia passará tirando fotos, fique atento a isso!

 

4. Interrompa a transmissão em momentos específicos

Outra dica interessante é interromper a transmissão online em momentos delicados do culto, como durante orações de libertação, expulsão de demônios ou revelações pessoais. Esses momentos, que geralmente são mais íntimos e particulares, podem expor os fiéis a um constrangimento desnecessário se forem transmitidos ao vivo para uma audiência maior.

Interromper a transmissão do culto online nesses momentos garante que a privacidade dos fiéis seja respeitada e que a igreja esteja em conformidade com as melhores práticas de proteção de dados.

 

Ainda vale transmitir culto online?

Sua igreja precisa realizar a transmissão de culto online, não por ser uma tendência, mas sim por se tratar de uma ferramenta poderosa para expandir o alcance da sua denominação para o bairro, cidade, estado e todo o mundo!

O Eklésia oferece, inclusive, uma plataforma exclusiva e fácil de utilizar para ajudar sua igreja a usar a internet para levar os cultos locais aos confins da Terra! Sem dúvida, temos na tecnologia uma grande ferramenta para expandir o Evangelho.

Assim, se você quer melhorar a transmissão de culto online ou iniciar este processo, entre em contato com a nossa equipe e veja quais são as soluções que oferecemos para igrejas.

No mais, lembre-se dessa condenação judicial que citamos para entender que será necessário fazer alguns ajustes junto à membresia para evitar ser vítima deste tipo de ação judicial, que além do prejuízo financeiro, também trará desgaste à imagem da denominação.

As medidas preventivas que listamos são importantes para que sua igreja esteja juridicamente protegida, como obter autorização por escrito, informar os fiéis sobre as filmagens, criar áreas sem filmagem e interromper a transmissão em momentos sensíveis.

Ao adotar essas práticas, sua igreja pode continuar a beneficiar-se do culto online, alcançando mais pessoas e, ao mesmo tempo, protegendo-se de possíveis implicações legais. Lembre-se, a proteção dos direitos dos fiéis não só evita problemas jurídicos, mas também fortalece a confiança e o respeito entre a igreja e seus membros.

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